24 de jul. de 2013

Sessão de Gala*

          Muito filmes que me marcaram assisti na madrugada, depois de chegar cedo das boates nas épocas de pouca caça (se é que me entendem) ou em sábados em que simplesmente não tinha sono e ficava vendo tv até tarde, hábito que nunca cultivei.

            A Sessão de Gala (as vezes em que assisti, pelo menos) sempre foi dada ao gênero de romance, drama ou filmes antigos que fizeram sucesso. Um deles que adorei foi Começar de Novo (Letting Go, 1983 – que alguns sites dizem que se chama "Uma Maneira Diferente de Se Apaixonar" – não sei se mudou o nome), filme feito para a televisão em que um viúvo sofre a solidão mesmo a morte da mulher tendo acontecido há muitos anos. Até seu filho pequeno já tinha superado e ele não. O cara tinha uma loja de equipamento de som e um dos garotos que aparecem na loja mexendo nos aparelhos é o adolescente Keanu Reeves, numa era pré-Bill e Ted. O viúvo, interpretado pelo falecido ator John Ritter (o pai do Pestinha), entra numa terapia de grupo, onde as pessoas tinham problemas com a separação, e acaba encontrando uma mulher que conheceu dias antes num banheiro masculino de um teatro, chorando, e daí o filme se desenrola com idas e vindas do romance dos dois. Destaque para duas cenas: a) eles tem que marcar um encontro com a pessoa amada para dizer a ela que não a ama mais, que tudo está superado. No caso do viúvo, ele vai até a lápide da esposa, e b) o viúvo usa uma técnica colocando um algodão molhado num ovo podre dentro de um tubinho de inalação. Cada vez que lembra da esposa deve cheirar aquilo, para associar a lembrança a uma sensação desagradável e assim criar um mecanismo de defesa. Vi duas vezes. Nunca achei pra baixar!





       Outros filmes foram O Lobo do Mar (1993), com Charles Bronson e Christopher Reeve, remake de 1941 onde um capitão cruel resgata um naúfrago e começa a matar a tripulação, e Sem Suspeita (1995), também com Reeve, onde um policial se vinga da traição de seu irmão com sua esposa, fica paraplégico (irônico, não?) e outro policial tenta provar que ele não está dizendo a verdade quanto a não ter recuperado os movimentos. Só vi uma vez cada.




       O último que comento hoje é Uma Questão de Classe (1983), onde um jovem sai da faculdade para passar o fim de semana curtindo na cidade vizinha, influenciado por seu colega mulherengo, que lhe indica alguns lugares. Mas em vez das garotas jovens do lugar, ele prefere uma mulher mais velha (Jaqueline Bisset) que encontra, e se envolve com ela (mmm será que esses filmes me influenciaram demais?), e ao voltar pra casa resolve passar uns dias com o colega de quarto em sua rica propriedade. Só não imaginava que a mãe de seu colega era a mulher que ele conheceu. Muito bom também o desenrolar da história, que fala de como cada um lida com o ocorrido. Vi duas vezes também na madrugada e consegui baixar!



      O brabo mesmo era estar sem sono, esperar pela Sessão de Gala e ai começava "Cocoon" ou "Cocoon 2"  - que droga!



* Republicando depois de anos!

16 de jul. de 2013

Pearl Jam



    De começo, na época em que a banda surgiu, eu não ia com a cara deles talvez por causa da cara de maníaco do Eddie Vedder. Depois, acabei gostando de "Alive" e "Even Flow". Então ouvi melhor o disco Ten e gostei de outras.
     Acompanhei o segundo e terceiro lançamentos e depois parei, por falta de oportunidade e interesse mesmo.
     Ouvi um sucessinho aqui e ali, vi um bom show que passou na Band lá por 2000, e agora resolvi conhecer a obra toda.
     Baixei a discografia. E essa é minha conclusão:

Ten - Nota 10 (sem trocadilho, o título foi apropriado), irretocável. Destaques: as acima citadas e também Porch, Jeremy e Black.



VS - Nota 10, irretocável. Destaques: Animal, Rearviewmirror, W.M.A.



Vitalogy - Nota 7, algumas músicas estranhas e barulhentas demais. Destaques: Better Man, Nothigman, Whipping, Corduroy.








 
No Code - Nota 5, algumas muito chatas, paradas demais, surge outra sonoridade. Destaques: Hail Hail, Habit, Around The Bed.

 
Yield - Nota 6, melodias melhores, algumas paradas demais. Destaques: Brain Of Jay, Do The Evolution, Given To Fly, Many Fast Cars.


 
Binaural - Nota 4, muito leve e dispensável. As pesadas não agradam. Salvam-se algumas das muitas baladinhas. Destaques: Rival, Thin Air, Soon Forget.


 
Riot Act - Nota 3, sonoridade fraca e confusa. Destaques: Save You, I Am Mine, Green Disease.


 
Lost Dogs - Nota 6, com regravações e B-sides. Disco 1 quase todas boas. Disco 2 quase todas ruins. Destaques: Hitchhiker, Don't Gimme No Lip, Last Kiss, Yellow Ledbetter.


 
Pearl Jam - Nota 8 (perto dos últimos tá bem melhor), retomando o caminho, peso e melodia começam a encaixar novamente. Destaques: World Wide Suicide, Come Back, Marker In The Sand.


 
Backspacer - Nota 9,5 - uma ou outra não agradam. Mas é recheada de cadidatas a hits: Gonna See My Friend, The Fixer, Just Breathe, Johnny Guitar, Unthought Known.

 
Discos ao vivo: baixei apenas os "mais oficiais": Live On  Two Legs e Live On Ten Legs - covardia, trazendo as melhores da banda, não têm como ser ruins. 





Singles: do filme Singles: Breath e State Of Love And Trust - ótimas.

Precursores do Acústico Mtv, numa curta apresentação (só haviam lançado o Ten).


Conclusão geral: Banda ousada e com muita personalidade, não usam fórmula pra agradar ninguém. Tanto que no começo da carreira se afastaram da mídia e nem quiseram fazer mais videoclipes depois do sucesso estrondoso do 1º disco. Estão aí pela música e provam isso. As experimentações parecem realmente traduzir um estado de espírito de seres humanos, que ora explodem em raiva, ora choram, e às vezes erram também.Seu som está em constante transformação e (que bom) reformulação, que acabou dando uma volta completa e parece ter achado o equilíbrio perfeito nos últimos trabalhos.