26 de mai. de 2013

Engenheiros 2 de 3

            O álbum seguinte após O Papa É Pop e um dos meus preferidos dos Engenheiros do Hawaii é o Várias Variáveis. Além de trazer um som mais pesado do que o anterior, e sem bateria eletrônica, tem versos mais fortes e divertidos, além de toda aquela parafernália que comentei no outro post: efeitos variados, citações de outros discos e partes parecidas em músicas diferentes. Deste disco acredito que tenham feito sucesso apenas a versão rock de Herdeiro da Pampa Pobre, do Gaúcho da Fronteira, e Piano Bar, esta uma inesquecível canção e com certeza a melhor deste álbum. Em meados de 1992 estava eu ouvindo exaustivamente a fita K7 do meu irmão Jaison enquanto brincava distraindo o caçula Julian, então com 1 ano e meio, quando em Piano Bar a voz de Gessinger cantou o verso: “O que você não pode eu não vou te pedir”. Imaginem minha surpresa quando Julian, aprendendo as primeiras palavras, repetiu imediatamente: “pedi”. Foi um tipo de alegria que só se repete com os filhos, hehe.

  


            O disco começa com O Sonho é Popular, curta, acústica e que fala quase todas as palavras com P, e tem uma parte legal com vozes simultâneas cantando coisas diferentes, e minha diversão era (e é) decorá-las e ouvir a faixa 2 vezes, e a cada vez cantar uma das vozes. Sala Vip é legal, o destaque fica com os efeitos sonoros, que trazem o mesmo texto em segundo plano da música anterior na parte dupla, mas fora de rotação, como que brincando erraticamente com um LP, girando-o com os dedos. Em seguida temos Ando Só, com uma poesia mais profunda e que ganhou depois uma versão bem legal mais light no disco Filmes de Guerra, Canções de Amor, um dos primeiros projetos do tipo “acústicos” de bandas de rock, que veio bem antes da modinha da Mtv de versões no violão, mas este era mais a orquestra e piano. O verdadeiro acústico da banda não achei tão bom.
            Uma das mais legais e pesadas do disco é Quartos de Hotel, fala de uma vida errante, e traz um riff que é repetido na canção seguinte (a primeira do Lado B nos LP’s e fitas). Frisei a palavra canção porque em seguida vem a faixa Várias Variáveis, que na verdade é só um barulho de um rádio procurando uma estação, com aquele ruído de estática e passando por várias estações.
            Sampa no Walkman mantém o ritmo bem agitado do álbum, é bem pesada. Qual é a do Humberto Gessinger com Walkman? Esta palavra aparece em todos os 3 discos que pretendo comentar! Será que hoje ele troca as partes cantadas nos shows por discman, mp3, mp7 ou iPod? Os versos finais desta canção são: “Tudo é tão novo quanto esta canção/ Será que alguém presta atenção?” acho eu que se referindo as partes parecidas das músicas e letras.
            Uma das canções que mais me fizeram pensar em minha fugidia adolescência é Muros e Grades, páreo duro com Piano Bar entre as melhores. Por pouco não fiz uma citação a ela em um trabalho da faculdade, mas dei a dica e uma colega minha fez. Fala sobre a violência e o medo nas grandes cidades e vidas sem sentido. Vejam versos dela na lista abaixo. Museu de Cera é meio chatinha, mas não ruim, destaque para a voz cantando sozinha bem baixinho no final,que me tempos de fitas e aparelhos com cabeçotes sujos, mal se ouvia, isso quando a não cortavam o fim das faixas.
            Curtametragem é divertida, curta (claro) e profunda, na metade há um berro do vocalista como se tivesse errado alguma coisa e uma voz indica o recomeço da gravação da música pela 5ª vez. Descendo a Serra traz imagens psicodélicas e frases melancólicas, além de uma citação de um verso de Carlos Drummond de Andrade, do primeiro poema de seu primeiro livro (Poema de Sete Faces), e outras desde a bíblia a uma obra de Moacyr Scliar.
            O final do disco é com Não É Sempre e Nunca É Sempre, na verdade a segunda é um segmento inseparável da primeira. Também tem versos bem legais e uma sonoridade bem variada, mas mais hard rock.


 
Melhores momentos:


• “A Pampa é pop/o país é pobre/ é pobre à pampa/o PIB é pouco/o povo pena mas não para/poesia é um porre”.


• “...uma cascavel preparando o bote/(um bote?!) salva-vidas/...nem toda falta de sentido é sentida”.


• “Diga a verdade doa a quem doer/Doe sangue e me dê seu telefone/...Todavez que falta luz/ o invisível nos salta aos olhos”.


• “Desate o nó que te prendeu a uma pessoa que nunca te mereceu/ Desate o nó que nos uniu/...Andó só como um pássaro voando/ Ando só como se voasse em bando/ Pergunte ao pó por onde andei/Há um mapa dos meus passos, dos pedaços que eu deixei”.


• “Amanhã numa cidade diferente/ não haverá diferença no ar/ AS noites passarão do mesmo jeito/ as estrelas estarão no mesmo lugar”.


• “Nas grandes cidades de um país tão violento/ os muros e as grades nos protegem de quase tudo/ mas o quase tudo quase sempre é quase nada/ e nada nos protege de uma vida sem sentido/um dia super/uma noite super/uma vida superficial/...viver assim é um absurdo (como outro qualquer)/ como tentar o suicídio (ou amar uma mulher)”.


• “ A vida é uma viagem/ bebida sem gelo engolida às pressas/ às vésperas da sede”.


• “É sempre mais difícil dizer adeus/ quando não há nada mais pra se dizer”.


• Às vezes tudo muda e continua tudo no mesmo lugar/... às vezes uma prece ajuda/às vezes não adiante rezar/...Às vezes tudo,às vezes nada/às vezes tudo ou nada/ Às vezes 50%/... como tudo na vida/ não é sempre”.


Comentários publicados no antigo blog:




25/03/2009 13:55        
        [Lobão]
Curiosidade: Com o fundo verde da capa, Várias Variáveis forma uma trilogia com A Revolta dos Dândis (1987, capa amarela) e Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém (1988, capa vermelha): as cores de fundo da capa do disco formam as cores da bandeira do Estado do Rio Grande do Sul.

23/03/2009 13:38        
        [Jaison] [rodrigues1976@ibest.com.br]
Muito Bom!! Obrigado por citar meu nome, boas lembranças. Abração maninnnnnnnnnnnnnnnnnnnn

 
 [Rapsódias]
Ao Thiago, é um disco amarelo o 1º ao vivo, chamado Alívio Imediato. Uma vez o Diogo me mostrou uma entrevista com os caras do Rush onde comentaram que Os Engenheiros se consideravam o Rush brasileiro pelo fato de lançarem um disco ao vivo a cada 3 de estúdio. Acho que foi o Geddy que disse: "Tomara que eles tenham mais sorte no som que fazem do que com o nome que escolheram para a banda!" É, MAS PELO MENOS OS ENGENHEIROS NÃO SE COMEM TODOS! Hehehe

  
23/03/2009 08:57        
        [Ico]
Eu também comparava eles com o Rush, não pelo fato de lançarem um disco ao vivo a cada 3 de estúdio mas pelo entrosamento instrumental. Fui ao show deles em Pelotas na turnê deste "Várias Variáveis" e lembro que sai impressionado com a performance ao vivo do trio, pô, os caras arrasavam. E olha que o Carlos não era lá um ótimo baterista... Até hoje não entendi porque os críticos não gostavam deles, a revista Bizz por exemplo endeuzava bandas como "Que fim levou Robin", "Velhas Virgens", "Chico Science" e metia o pau nos Engenheiros. Lembro de uma resposta do Humberto quando perguntado sobre isso: "- Não vejo problemas, imagina se fosse o público que não gostasse..."

  [Rapsódias]
Ico, Velhas Virgens é ducarálio e afinal, que fim levou o Que fim levou o robin? Rato, e o LP do Yo-Ho-Delic? Brasil, Banana, Samba, era massa!

23/03/2009 08:43        
   
    [Rato] [ratorato]
Kacius, tenho o VINIL daquele disco,comprado por mim na loja. Está guardado mas sempre ouço quando vou a SVP. Ta junto com o vinil do Temple Of The Dog, Apetite for Destruction, Vs. e outros.. ah tem até um do Jesus Jones hehe


 

22 de mai. de 2013

Sociologia 1 - Crucificados Pelo Sistema

      Segundo Émile Durkheim: "Se um aluno chegasse à escola vestido com roupa de praia, certamente ficaria numa situação muito desconfortável: os colegas ririam dele, o professor lhe daria uma enorme bronca e provavelmente o diretor o mandaria de volta para pôr uma roupa adequada. Existe um modo de vestir, que todos seguem. Isso é estabelecido. Quando ele entrou no grupo, já existe tal norma e quando ele sair, a norma provavelmente permanecerá. Quer a pessoa goste, quer não, vê-se obrigada a seguir o costume geral. Se não o seguir, sofrerá uma punição."
       O modo de se vestir é um fato social. São fatos sociais também a língua, o sistema monetário, as religiões, as leis e uma infinidade de outros fenômenos do mesmo tipo.
Para Durkheim, os fatos sociais são os modos de pensar, sentir e agir de um grupo social. Embora existam na mente do indivíduo, são exteriores a ele e exercem sobre ele poder coercitivo.
      Se não me submeto às normas da sociedade, se ao vestir-me não levo em conta os costumes seguidos no meu país e na minha classe, o riso que provoco e o afastamento a que me submeto produzem, embora de forma mais atenuada, os mesmo efeitos de uma coação propriamente dita. Aliás, apesar de indireta, a coação não deixa de ser eficaz.
        Não sou obrigado a falar a língua de meu país, nem a usar as moedas legais, mas é impossível agir de outro modo. Se tentasse escapar a essa necessidade, minha tentativa seria um completo fracasso. Se for industrial, nada me proíbe de utilizar equipamentos e métodos do século passado: mas se fizer isso, com certeza vou arruinar-me. Mesmo quando posso liberta-me  e desobedecer, sempre serei obrigado a lutar contra tais regras. A resistência que elas impõem são uma de suas forças, mesmo quando as pessoas conseguem finalmente vencê-las**.
 
       Todos os inovadores, mesmo os bem sucedidos, tiveram de lutar contra oposição desse tipo.

       Questões que interessam ao sociólogo:

      Por que um soldado deve lutar e enfrentar a morte, quando poderia esconder-se ou fugir? Por que o homem se casa e assume responsabilidades de família, quando poderia, com a mesma facilidade, satisfazer seus impulsos sexuais fora do casamento? (Essa é boa!)
     As primeiras tentativas de estudo sobre a sociedade humana começaram com os filósofos gregos Platão, em seu livro República, e Aristóteles, com Política.
    Santo Agostinho, na sua obra A Cidade de Deus*, achava que os homens e sua cidade reinavam o pecado. Com o Renascimento, surgiram autores que trataram os fenômenos sociais num nível mais realista: Maquiavel (O Príncipe), Tomás Morrus, (Utopia) e Francis Bacon, em Nova Atlântida. Mais tarde, outras obras importantes deram grande contribuição às Ciências Sociais: O Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdã (esse já li, escrito em 1400 e pouco -  é muito bom e atual), e O Leviatã, de Tomás Hobbes. No século XIX - com Augusto Comte e principalmente Émile Durkheim e KarI Marx - a investigação dos fenômenos sociais ganhou um caráter verdadeiramente cientifico.


Erasmo de Roterdã

Fonte: "O que é Sociologia" - Autor: Carios B. Martins/Introdução à sociologia - Pérsio Santos de Oliveira

http://www.portalimpacto.com.b/docs/01EdilsonVestAula01IntroducaoaSociologia.pdf

Tava na hora de algum conteúdo neste espaço!

* referência que eu não sabia (de onde saiu o nome do filme).



**E eu que, inocente, escrevi isto no auge da adolescência, com 14 anos:



Revolta


Temos que ser como desenhos animados

Divertidos, coloridos até, com leves tons,

Pra não ferir os olhos

De quem ri de nossas desgraças.



Talvez sejamos idiotas completos

Por não querer admitir,

Ou então gênios incompreendidos

Confundidos com o que o sistema nos obriga a engolir.



O que se pede é uma miserável chance

De ser feliz e abdicar da podridão;

Porque nós fomos esculpidos como os outros,

Somos cegos que rumam ao fundo do abismo.



Complexo de inferioridade

Sem a chance de virar a mesa

Sofrimento, ironia decadente,

Psicologicamente revoltado.

Mesmo assim clamo às vezes:
 

18 de mai. de 2013

O Tempo e a Física!




“(...) nenhum experimento até hoje provou que o tempo seja contínuo. E a ciência, especialmente desde o advento da teoria quântica, vem reconsiderando uma noção vigente nas velhas civilizações da índia e da Grécia: a noção de que o tempo é fragmentado em partículas indivisíveis.

Cerca de 40 anos atrás, o físico Werner Heisenberg propôs a eliminação das coordenadas contínuas do espaço-tempo. Em vez de considerar o espaço-tempo como uma linha contínua, ele advogava adoção de uma imaginária treliça de pontos, arranjados numa formação cúbica que encheria todo o espaço, e separados por uma distância fundamental de 10 elevado a menos 15 metro, ou um fermi – aproximadamente do tamanho de um próton.

De acordo com a teoria da relatividade, o menor intervalo de tempo, ou crônon, é de cerca de 10 elevado a menos 23 segundo – o tempo necessário para que o sinal mais rápido, a luz, cubra a menor distância, um fermi.

Os menores intervalos de tempo já medidos em laboratório são os tempos de vida de partículas que interagem com grande força nuclear.

O Delta 1232, por exemplo, criado quando um próton e um pi-méson colidem, existe por apenas 0,66 x 10 elevado a menos 23 segundo antes de explodir.

Será uma mera coincidência o fato de que o tempo de vida de tais partículas é quase sempre próximo dos múltiplos do crônon?

A pequenez dessa unidade explicaria por que percebemos o tempo como contínuo, mas, concomitantemente, exigiria uma revolução no pensamento científico.

Se o tempo é descontínuo, não podemos assumir que existimos nele.

Talvez, então, estejamos sempre sendo criados e destruídos de microssegundo a microssegundo.

Tampouco podemos ter certeza quanto a qualquer predição sobre o futuro porque durante o interlúdio entre os crônons – quando o movimento se congela e o tempo pára de existir – a conexão íntima entre causa e efeito é rompida. Assim, as leis da natureza talvez possam ser substituídas e superadas pelas leis do acaso.”

(Texto de Vaughn Zidell, publicado na revista Ciência Ilustrada nº 5, Editora Abril, 1983)


     Li esse texto num livro de química do 2º Grau (com a figura de um cubo de gelo pegando fogo na capa) em 1997 e fiquei cabreiro. Como esses caras conseguem calcular o tempo de vida dessas partículas?



     E SE O TEMPO TRANCA?


     Cuidado! Pois se algo comprometer o ciclo, se houver um elo fraco, se algo muito pequeno 
                 causar uma interferência durante as pausas dos crônons, Adios Tia Chica!

[Para maiores informações sobre essas teorias, assista ao DVD “A Incrível História Do Pato Que Não Era Pato”.] - Que bobagem!


16 de mai. de 2013

Engenheiros 1 de 3




            Embora eu não tenha acompanhado ultimamente os trabalhos de Humberto Gessinger e ele não tenha feito o sucesso de outrora, há 3 discos que gosto e considero indispensáveis pra mim dos Engenheiros do Hawaii, e que aqui comentarei (e que banda de rock brasileira BOA faz sucesso hoje em dia, aparecendo na mídia e tal? A primeira vez que ouvi falar deles foi no fantástico, quando passou o clip de “Toda Forma de Poder”, do primeiro disco deles, que também tem as ótimas “Segurança” e  "Eu Ligo Pra Você". Até hoje não conheço muitos discos completos, nem os primeiros nem os últimos. Conheço, é claro alguns sucessos  bem antigos e outros nem tanto: Alívio Imediato, Somos Quem Podemos Ser, Terra de Gigantes, Infinita Highway, Refrão de Bolero, Nau À Deriva, A Promessa, Realidade Virtual, A Montanha, Números, Eu Que Não Amo Você e a versão de Gessinger de Negro Amor, que não fazem parte dos álbuns que comentarei aqui.

            Meu irmão Jaison ganhou de aniversário o LP de O Papa É Pop, cuja canção-título era executada sempre pela banda Eclipse de Sta. Vitória aos domingos no Teatro no Ciranda Cirandinha, apresentado pelo pai do vocalista Maicom (o “ventosa”, quem lembra disso?).

      Este disco é muito bom! Tem os hits “Pra Ser Sicero”,“Era Um Garoto...”, com aquele solo que faz um medley patriota com o nosso Hino da Independência, e a faixa-título, além da enorme “Anoiteceu em Porto Alegre”, com a “voz do Brasil” e a narração dos jogos do Grêmio pela rádio Gaúcha (ou Guaíba?) de 1983:  “Eu disse que acreditassem, eu pedi que acreditassem, eu nunca deixei de acreditar que o Grêmio ia ser campeão da América hoje, esta noite, em Porto Alegre.” – os colorados que não devem curtir muito essa música. Tem ainda “Olhos Iguais aos Seus” (muito legal), “O Exército de Um Homem Só" (I e II) e a bela “A Violência Travestida faz Seu Trottoir”, com a voz de Patrícia (depois chamada Patrícia Marx - aquela do Trem da Alegria). A mais fraca deste álbum é “Nunca Mais Poder”, que não é ruim. E agora conheci uma faixa bônus: “Perfeita Simetria”, com outra letra na mesma melodia de “O Papa É Pop”.

            Além do som dos caras na época (início dos 90), gosto dos versos de Gessinger, com rimas internas, muitas contradições, trocadilhos, jogos de palavras, gírias da época (o que às vezes torna a letra datada, mas não me importa), referências culturais, certamente proveniente de suas leituras e vivências – expressões ou mesmo nome de músicas que fui descobrir anos depois que eram nomes de livros ou versos de poemas clássicos, por exemplo. Também gosto de intratextualidade entre suas músicas e discos, quando ele cita versos de outras canções de sua própria autoria. E antigamente, segundo Gessinger numa entrevista, era também uma diversão a mais e dum desafio colocar efeitos sonoros na música, na voz, ou encaixar barulhos (com gravadores  na frente dos microfones, tudo bem artesanal) e coisas como a citada narração dos jogos do Grêmio ou o texto invertido em “Ilusão de Ótica”, que eu girava o LP ao contrário pra ouvir – a letra desse trecho vinha de cabeça pra baixo no encarte. Depois como ficou fácil fazer isso com o computador, ele acabou abandonando a prática. Se é muito fácil não vale a pena fazer... concordo, mas acho uma pena. Outra prática comum é a finalização de uma faixa com as notas da introdução da faixa seguinte fruto de um planejamento legal na produção do disco.


Alguns versos que gosto:


• “não interessa o que o bom senso diz, não interessa o que diz o rei/se no Jogo não há juiz, não há jogada fora da lei.”


• “Pra ser sincero não espero que você me perdoe/por ter perdido a calma/por te vendido a alma ao diabo.”


• “O que faz as pessoas parecerem tão iguais/ O que fazem as pessoas para serem tão iguais?”


• “a minha mente é pop/a tua mente á pop/...antigamente é pop/atualmente é pop...”


• “armas de brinquedo, medo de brincar/ ...em anúncios de cigarro que avisam que fumar faz mal/...todo suicida acredita na vida depois da
morte/...eles dizem com ternura O que vale é a intenção, e te dão um cheque sem fundos do fundo do coração”.


• “...a certeza de que o último dia de dezembro é sempre igual a primeiro de janeiro”.


• “ sou cego, não nego, enxergo quanto puder/ só vejo obscuro objeto desejo indireto/ Será que você me entende?”


• “Meu maior defeito talvez seja a perfeição”.


COMENTÁRIOS DO ANTIGO BLOG:

[Lobão]
Sou fã nº 1 do Engenheiros em se tratando de melhor banda de rock nacional. Tinha quase todos os "discos". Agora só me resta mp3 !!! Primeira aparição na tv que eu me lembro foi em um programa da Globo, se não me engano, parecido ou o próprio "Globo de Ouro" (alguém conhece...hehehe)com a música "Toda forma de poder" (trilha sonora da novela Hipertensão - tema do personagem Ray (Taumaturgo Ferreira)). Long time ago....

18/03/2009 17:59
        
        [Rato]
Muito bom, eu tenho este disco. Lembro de assistir o especial da globo de 91! Uma musica que não citaste e que eles tocam(não é deles mas é massa) é o Herdeiro da Pampa Pobre. Olha o link da música no especial da globo de 91: http://www.youtube.com/watch?v=khugmmOL9-I Abraço!

18/03/2009 17:42         
        [Rapsódias]
Ico, por falar em sintetizar lembrei de sintetizador musical (moda no início dos 80)e associei com a sonoridade da bateria deste disco, claramente eletrônica, que devia ser moda. E os solos de guitarra do Licks eram realmente bons, davam um tom heavy a algumas músicas.

18/03/2009 17:15         
        [Leandro]
Minha música favorita deles é a "Refrão de Bolero".

18/03/2009 13:06         
        [Ico] [fred.rblota@gmail.com]
Pô, legal este post. Este disco é simplesmente um dos melhores já produzidos no rock nacional e sintetiza a plenitude musical desta banda. Adoro “Anoiteceu em POA” (como bom gremista) e temos que fazer justiça, as letras e músicas do Humberto são espetaculares mas grande parte da qualidade musical dos Engenheiros se devia ao guitarrista Augusto Liks, na época os solos do cara eram de babar, eu vi 3 shows dos Engenheiros, o último tinha dois guitarristas que juntos não tocavam metade do que ele tocava. Pena que ele pirou, tentou pegar o nome da banda para ele e sumiu. Achei um link interessante para quem quer saber mais sobre a banda: http://faclubenghaw.vilabol.uol.com.br/oi/faq.html. Abraços. Ico