Vi isso há alguns anos no blog Amigos do Homer pra baixar e com a propaganda que está na TV com sucessos antigos do axé music não
resisti em compartilhar com vocês (o texto). Se alguém tiver coragem de
assistir,merece uma medalha: Cinema Nacional: CINDERELA BAIANA.
Primeiro longa-metragem ( e último, esperamos) |
Mensagem nos links pra
baixar o filme (não sei se ainda existe esse link - eu não vi graças a Deus):
"O filme sai ligeiramente de sincronia som e
imagem, coisa de meio segundo, mas é o que dá charme e adiciona um clima mais
cult/tosco ainda, piorando o que já era péssimo. Dá pra assistir, já que depois
de uma hora você provavelmente já terá sofrido um derrame."
Sinopse: Carlinha, menina pobre, mora numa favela no sertão da
Bahia. Ainda pequena perde a mãe, que morre do coração, e muda-se com o pai
para Salvador. Na capital baiana, o pai torna-se advogado e Carlinha dança nas
ruas com os meninos do Pelourinho, até ser descoberta pelo empresário
inescrupuloso Pierre, que passa a explorá-la. Acaba atingindo a fama e
encontrando seu príncipe encantado, um popular cantor de pagode.
Matéria:
Fonte:http://inagaki.multiply.com/reviews/item/7
O cinema já produziu muitos filmes sobre o
assunto DROGAS: "Réquiem para um Sonho", "Operação França
2", "O Homem do Braço de Ouro", "Rush",
"Trainspotting", "Bicho de Sete Cabeças", "Drugstore
Cowboy", "Christiane F.", "Traffic" ou qualquer
comédia da dupla Cheech & Chong. Contudo, nenhum deles possui o alcance
desta pérola do cinema tupinambá estrelado pela dançarina, cantora, atriz e
apresentadora de TV Carla Perez: "Cinderela Bahiana" (antes que você
me questione: é "bahiana" com H mesmo, talvez por razões
numerológicas, vai saber).
Após amargar 80 minutos de diálogos canhestros, atuações dignas de teatrinho pré-primário e trilha sonora conduzida por grupos como Jheremmias Não Bate Córner, Cheiro de Amor, Jammil & Uma Noites e Cabelo de Fogo (os nomes dizem tudo) posso afirmar, com total propriedade, que "Cinderela Bahiana" (Brasil, 1998) é a produção DEFINITIVA sobre drogas. Um filme corrosivo que deveria ser censurado para menores de 80 anos, devido à força subversiva de sua propaganda ideológica. Porque apregoa, em cada milímetro de celulose, as virtudes da estupidez, da falta de carisma e de personalidade como caminhos certos para a fama e o sucesso.
Dirigido por Conrado Sanchez, (ir)responsável pelos sucessos da Boca do Lixo paulistana "Como Afogar o Ganso" (1981), "A Menina e o Estuprador" (1982) e "A Menina e o Cavalo" (1983), "Cinderela Bahiana" narra a saga de uma menina pobre do Recôncavo Baiano que nasceu burra, não aprendeu nada e ainda esqueceu a metade. E que, mesmo assim, graças à abundância de seus talentos naturais (posteriormente turbinados pelos avanços da medicina), encontra a fama, a riqueza e o amor.
Após amargar 80 minutos de diálogos canhestros, atuações dignas de teatrinho pré-primário e trilha sonora conduzida por grupos como Jheremmias Não Bate Córner, Cheiro de Amor, Jammil & Uma Noites e Cabelo de Fogo (os nomes dizem tudo) posso afirmar, com total propriedade, que "Cinderela Bahiana" (Brasil, 1998) é a produção DEFINITIVA sobre drogas. Um filme corrosivo que deveria ser censurado para menores de 80 anos, devido à força subversiva de sua propaganda ideológica. Porque apregoa, em cada milímetro de celulose, as virtudes da estupidez, da falta de carisma e de personalidade como caminhos certos para a fama e o sucesso.
Dirigido por Conrado Sanchez, (ir)responsável pelos sucessos da Boca do Lixo paulistana "Como Afogar o Ganso" (1981), "A Menina e o Estuprador" (1982) e "A Menina e o Cavalo" (1983), "Cinderela Bahiana" narra a saga de uma menina pobre do Recôncavo Baiano que nasceu burra, não aprendeu nada e ainda esqueceu a metade. E que, mesmo assim, graças à abundância de seus talentos naturais (posteriormente turbinados pelos avanços da medicina), encontra a fama, a riqueza e o amor.
O filme chega a ser bom de tão ruim, e é aí
que mora o grande perigo. Os espectadores, desavisados diante de tamanha
acefalia, são pegos desprevenidos e acabam sendo lobotomizados pelas mensagens
ideológicas embutidas no roteiro. Mesmo porque Carla Perez nos surpreende com
seus dotes dramatúrgicos, reproduzindo à perfeição os cacoetes de uma loira
descerebrada capaz de recitar diálogos do tipo:
-Carlinha, você não vai participar da
seleção de dançarinas?
-Seleção? Ué, eu não jogo futebol!
-É que o Pierre, o maior empresário de shows
de axé de Salvador, está procurando uma dançarina para protagonizar seu próximo
show.
-Ahn... Proto o quê?
Você deseja compreender fenômenos recentes
da cultura tupiniquim como Vera Loyola, João Kléber, Louro José, Piscinão de
Ramos e Kléber Bam-Bam? Então assista a este verdadeiro zeitgeist
cinematográfico, retrato definitivo de toda uma geração de crianças que cresceu
assistindo aos programas da Xuxa. Uma obra que necessita ser devidamente
destrinchada por antropólogos e sociólogos, mais do que "Raízes do
Brasil" ou "Casa Grande & Senzala", e sem a qual torna-se
improvável a plena compreensão dos últimos 20 anos de Terra Brasilis.
ERROS:
1. Na cena em que o pai e a Carlinha pequena vão ao velório da
mãe, aparece um coro de varias pessoas cantando músicas religiosas, só que há
apenas três mulheres dentro da casa, e nenhuma abre a boca.
2. A mãe é velada no chão, com apenas um lençol e um monte de
velas em volta! É um velório ou é um despacho?
3. Depois do velório, Carlinha e seu pai decidem ir para a cidade
grande procurar emprego e vão embora sem ao menos enterrar a mãe.
4. Tem uma cena que aparece uma cobra jiboia dentro do quarto para
pegar Carlinha. Só que onde ela mora, é uma seca desgraçada, e não tem quase
mata fechada, de onde iria surgir esta cobra?
5. No inicio do filme, quando Carla ainda é criança, ela deve ter
uns 6 anos no máximo. Após passarem três anos, e o filme deixa claro que se
passam apenas 3 anos, ela já parece como a Carla crescida, com uns 22, 25 anos.
Como isso é possível?
Fonte:
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