2 de mar. de 2014

Filme da Carla Perez- NADA PODE SER PIOR!!



Vi isso há alguns anos no blog Amigos do Homer pra baixar e com a propaganda que está na TV com sucessos antigos do axé music não resisti em compartilhar com vocês (o texto). Se alguém tiver coragem de assistir,merece uma medalha:  Cinema Nacional: CINDERELA BAIANA.

Primeiro longa-metragem ( e último, esperamos)


Mensagem nos links pra baixar o filme (não sei se ainda existe esse link - eu não vi graças a Deus): 

"O filme sai ligeiramente de sincronia som e imagem, coisa de meio segundo, mas é o que dá charme e adiciona um clima mais cult/tosco ainda, piorando o que já era péssimo. Dá pra assistir, já que depois de uma hora você provavelmente já terá sofrido um derrame."


Sinopse: Carlinha, menina pobre, mora numa favela no sertão da Bahia. Ainda pequena perde a mãe, que morre do coração, e muda-se com o pai para Salvador. Na capital baiana, o pai torna-se advogado e Carlinha dança nas ruas com os meninos do Pelourinho, até ser descoberta pelo empresário inescrupuloso Pierre, que passa a explorá-la. Acaba atingindo a fama e encontrando seu príncipe encantado, um popular cantor de pagode.

Matéria:

O cinema já produziu muitos filmes sobre o assunto DROGAS: "Réquiem para um Sonho", "Operação França 2", "O Homem do Braço de Ouro", "Rush", "Trainspotting", "Bicho de Sete Cabeças", "Drugstore Cowboy", "Christiane F.", "Traffic" ou qualquer comédia da dupla Cheech & Chong. Contudo, nenhum deles possui o alcance desta pérola do cinema tupinambá estrelado pela dançarina, cantora, atriz e apresentadora de TV Carla Perez: "Cinderela Bahiana" (antes que você me questione: é "bahiana" com H mesmo, talvez por razões numerológicas, vai saber).
Após amargar 80 minutos de diálogos canhestros, atuações dignas de teatrinho pré-primário e trilha sonora conduzida por grupos como Jheremmias Não Bate Córner, Cheiro de Amor, Jammil & Uma Noites e Cabelo de Fogo (os nomes dizem tudo) posso afirmar, com total propriedade, que "Cinderela Bahiana" (Brasil, 1998) é a produção DEFINITIVA sobre drogas. Um filme corrosivo que deveria ser censurado para menores de 80 anos, devido à força subversiva de sua propaganda ideológica. Porque apregoa, em cada milímetro de celulose, as virtudes da estupidez, da falta de carisma e de personalidade como caminhos certos para a fama e o sucesso.

Dirigido por Conrado Sanchez, (ir)responsável pelos sucessos da Boca do Lixo paulistana "Como Afogar o Ganso" (1981), "A Menina e o Estuprador" (1982) e "A Menina e o Cavalo" (1983), "Cinderela Bahiana" narra a saga de uma menina pobre do Recôncavo Baiano que nasceu burra, não aprendeu nada e ainda esqueceu a metade. E que, mesmo assim, graças à abundância de seus talentos naturais (posteriormente turbinados pelos avanços da medicina), encontra a fama, a riqueza e o amor.

O filme chega a ser bom de tão ruim, e é aí que mora o grande perigo. Os espectadores, desavisados diante de tamanha acefalia, são pegos desprevenidos e acabam sendo lobotomizados pelas mensagens ideológicas embutidas no roteiro. Mesmo porque Carla Perez nos surpreende com seus dotes dramatúrgicos, reproduzindo à perfeição os cacoetes de uma loira descerebrada capaz de recitar diálogos do tipo:
-Carlinha, você não vai participar da seleção de dançarinas?
-Seleção? Ué, eu não jogo futebol!
-É que o Pierre, o maior empresário de shows de axé de Salvador, está procurando uma dançarina para protagonizar seu próximo show.
-Ahn... Proto o quê?

Você deseja compreender fenômenos recentes da cultura tupiniquim como Vera Loyola, João Kléber, Louro José, Piscinão de Ramos e Kléber Bam-Bam? Então assista a este verdadeiro zeitgeist cinematográfico, retrato definitivo de toda uma geração de crianças que cresceu assistindo aos programas da Xuxa. Uma obra que necessita ser devidamente destrinchada por antropólogos e sociólogos, mais do que "Raízes do Brasil" ou "Casa Grande & Senzala", e sem a qual torna-se improvável a plena compreensão dos últimos 20 anos de Terra Brasilis.

Fonte:
http://inagaki.multiply.com/reviews/item/7
   
 ERROS:

1. Na cena em que o pai e a Carlinha pequena vão ao velório da mãe, aparece um coro de varias pessoas cantando músicas religiosas, só que há apenas três mulheres dentro da casa, e nenhuma abre a boca.
2. A mãe é velada no chão, com apenas um lençol e um monte de velas em volta! É um velório ou é um despacho?
3. Depois do velório, Carlinha e seu pai decidem ir para a cidade grande procurar emprego e vão embora sem ao menos enterrar a mãe.
4. Tem uma cena que aparece uma cobra jiboia dentro do quarto para pegar Carlinha. Só que onde ela mora, é uma seca desgraçada, e não tem quase mata fechada, de onde iria surgir esta cobra?
5. No inicio do filme, quando Carla ainda é criança, ela deve ter uns 6 anos no máximo. Após passarem três anos, e o filme deixa claro que se passam apenas 3 anos, ela já parece como a Carla crescida, com uns 22, 25 anos. Como isso é possível?
Fonte:

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