31 de mar. de 2014

Revertério Origens 3 - O Festival



O segundo show da Revertério, que por muito tempo discutíamos se o nome não seria Resteva, aconteceu num festival de rock em Santa Vitória, na frente da praça central. As bandas teriam suas músicas gravadas ao vivo e colocadas  num cd. Mas como sempre, a sonorização amadora em nossa cidade tornou o CD uma piada, pois a voz estava sempre alta, ou uma guitarra ou o baixo não se ouvia, guitarras-abelhas zumbindo e mesa de som sendo mexida durante a execução das músicas até hoje acho que são de praxe em SVP. E olha que eu não entendo muito de sonorização, hein? Basta não ser surdo e ter bom senso pra perceber isso!
            
            O ano? 2000! Várias bandas participaram, até uruguaios, músicos pré adolescentes e caras que só haviam ensaiado uma ou duas vezes no máximo. A onipresente Chapéu de Cobra estava lá, com a clássica Trem Fantasma e uma outra que eu não gostava e entrou no CD: Movimento.
            Desculpem se faço críticas pesadas, mas as bandas eram bem cruas mesmo, quase sem ensaio como já disse.
O Diogo Sanes (baterista da Revertério), que ficou com o CD que ganhamos, me ajudou a lembrar de pérolas como Sultans Of Swing do Dire Straits e Another Brick On The Wall do Pink Floyd sendo assassinadas pela banda Overdose com solos atonais, desafinos e principalmente a voz e pronúncia do meu vizinho Tiago, que não sabia inglês, foi covardia, mas o que valia era meter a cara. E os nomes das bandas? Necrotério (tocando Dy'er Maker do Led Zeppelin  com uma voz rouca e gritada  e durante a música se ouve o sininho do Windows), Swivel (ou algo assim), Extintos do Reggae (que segundo um amigo deveriam ter sido extintos naquele infeliz momento – que maldade!),  a boazinha The Rock Fobia (Harley Davidson Blues, dos Garotos da Rua, que eu não conhecia e passei a gostar), com Dione, Dyan e Toquinho (o que chutava o baixo), Banda  Quina, e Metamorfose, com uma vocalista feminina que não agradou.
            E o Thiago me lembrou de um baixista (da Necrotério segundo o Diogo) que se jogou do palco e deu uma joelhada na nuca de uma guria, que foi pro hospital, hehe. Crássico! Só não é mais crássico do que a minha queda no primeiro show da Medieval, pois dei um giro no ar e cai de nuca após me jogar com força demais do palco, passando da galera! 





            Nós estávamos desfalcados, porque o Gui, que morava fora, não chegaria a tempo de ensaiar, e então escalamos para o baixo, Bucha (Edres Giovani), o Goia já estava tocando guitarra com a gente acompanhando o Thiago, e na batera o Diogro (in)Sanes. Tocamos Rádio Pirata do RPM com introdução da música tema do desenho dos Thundercats e Lua Elétrica (nossa), e nas duas fotos que tiraram, saí com os olhos vermelhos, que somados ao meu cavanhaque (preto na época) e minha testa franzida (como sempre) me deram um aspecto demoníaco, hehe. Vejam na foto o naipe da produção do show, com uma guitarra de luz toda torta:


COMENTÁRIOS NO ANTIGO BLOG:

20/05/2009 13:23
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ring_g       [Jandinho]
Resteva: após a colheita do arroz o que sobra no campo é chamado de resteva, onde os produtores largam o gado para comer, logo após a colheita.

20/05/2009 11:27
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ring_g       [Diogo]
Tchêêê... eu adorei esse show. Um RARO momento com público em SVP. hehehe ______ Te lembras da passagem de som, onde tocamos Sweet Child O'mine? A gurizada de outras bandas comentando: "Ah, profissional não vale!" hahahhahaha. Aquele da Overdose não conseguiu nem dizer Rock 'n' Roll (falou "rockem uou") na música. MEMORÁVEL! ABRAÇÃO!

18/05/2009 22:12
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ring_g       [thiago]
Pô Ico, estava pensando hoje neste show de vcs e da Parto Normal(do meu irmão-Murra e do Goia-o onipresente) e fiquei pensando q poucos saberiam onde era a Doce Elisa-hehe. O Gui tá de cara até hoje por não ter participado deste show-hehe.

18/05/2009 16:35
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ring_g       [Rato] [rato]
Tô me matando de rir aqui da joelhada na nuca hehe a qualidade do som era terrível, pior é quem tem sempre uns resistentes que ficam até o final, não foi o meu caso heheh

15/05/2009 17:13
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ring_g       [Daniel Sanes]
As bandas de SVP normalmente são um revezamento entre os mesmos músicos de sempre, então, de certa forma, esse festival foi uma iniciativa louvável de renovação. O problema é que quase ninguém estava pronto pra sair da garagem... Ah, as músicas mais ouvidas do CD lá em casa eram justamente as do Dire Straits e do Pink Floyd, justamente pela falta de qualidade do vocalista! Hilário!!!

15/05/2009 17:03
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ring_g       [Ico]
Eu nem sabia que existia tanta banda assim em Sta Vitória nesta época. Quanto a qualidade do som, lembro de um show do "Código Penal" em frente a antiga Doce Elisa, o som estava tão ruim que ficamos com muita vergonha e nos escondemos atrás das caixas de som até todo o público ir embora. Imaturidade de tocar aos 14 anos.

16 de mar. de 2014

DESEJO NOTURNO – PARTE 6

        Comentando a discografia da banda finlandesa Nightwish.




     Quinto trabalho da banda finlandesa Nightwish, o álbum Century Child (Criança do Século), de 2002, é bem melancólico, nos temas e na sonoridade, sem deixar de lado o peso em algumas faixas, nem as características da banda até então presentes nos trabalhos anteriores, como o teclado abundante, voz lírica (começando a atenuar) e aquela impressão épica que fica ao escutar com atenção.




         Com um coral, voz narrativa e teclado crescente na introdução, Bless The Child (Abençoe a Criança) abre o disco com muita competência, muita melodia e melancolia, com ritmo não muito acelerado, falando sobre uma alma triste cheia de autopiedade, lamentando: “Por que só sou amado depois de ter ido embora (morrido)?”. A alma volta no tempo para abençoar a criança (ela mesma, acho) quando era inocente: “Sem inocência a esperança é apenas uma ilusão”. A letra exige conhecimento de certas referências culturais como nos versos: Há uma gota de veneno neste cálice do Homem/ Bebê-lo é seguir o caminho da mão esquerda”, sendo que em Teologia aprende-se que para os hebreus a mão esquerda representa o norte. Poético, não? Tornou-se obrigatória nos shows. O videoclipe mostra um visual bem gótico que combina com a música, Tarja parece uma vampira. 



            A música mais pesada do álbum e clara tentativa de repetir o sucesso de Wishmaster, dada a semelhança de sonoridade, End Of  All Hope (Fim de Toda A Esperança) consegue ter êxito em sua proposta, graças ao refrão repetitivo e grudento, que fica na cabeça. O nome deixa claro o tema, parece o apocalipse para um ser amargurado: “Este é o fim de toda a esperança /(...)Acabar com toda a inocência/ Ser alguém como eu”.  Faz também referência ao primeiro álbum: “Os anjos, eles caíram primeiro, mas eu ainda estou aqui”.O vídeo é feito com imagens ao vivo sem muita sincronia intercaladas com cenas de um filme finlandês de terror sobre vampiros, com efeitos bem legais. Uma das melhores faixas deste trabalho, com o pedal duplo da bateria em trabalho constante.
  
Com novo baixista (segundo à direita)


            Começando já clássica com voz dobrada, Dead To The World (Mortos Para O Mundo) é bem agitada e muito bem cantada por Marco Hietala (novo baixista e vocais de apoio) e claro, Tarja. Pra variar, fala do desejo de morte: “Rainha do paraíso, carregue-me/ Para longe de toda a dor.” Guitarras arranhadas em riffs rápidos ganham destaque nesta canção, também.
            A quarta faixa, Ever Dream (Já Sonhou?) começa bem suave, com piano e voz melancólica e explode com o teclado comandando, até entrar na parte cantada, bem melancólica e romântica mas com certo peso, é um clássico. Pura poesia apaixonada num furor de sensualidade: “Entregue-se, entregue-se para meu toque/ Para meu sabor, para minha luxúria”. Ouvir isso com a voz suave de Tarja é extremamente prazeroso. Também é desta canção um dos mais bonitos versos românticos que já li, que traduzido  fica mais ou menos assim: “Sua beleza caiu como uma cascata sobre mim”. - virou um dos maiores hits da banda em shows.
            Slaying The Dreamer (Assassinando O Sonhador) começa com um riff bem pesado, e segue assim até o fim, mas a partir da segunda metade, com os vocais masculinos, o peso dobra. A letra mostra fúria e decepção, além de autopiedade, demonstrando mais uma vez, inclusive afirmado em entrevistas, que Tuomas (tecladista e autor das letras) passava por uma fase difícil: “Canção do Cisne para o Desejo da Noite” (fim do Nightwish?).
            Eu tenho uma opinião pessoal sobre o motivo desta tristeza toda que permeia este álbum em particular, mas prefiro não revelar até postar minhas impressões sobre os demais álbuns. (este texto é originalmente de 2006). Mas chamo a atenção para mais alguns versos desta quinta música de Century Child: “Garoto estúpido/vivendo num sonho/ Romântico apenas no papel”.
            Mais uma canção triste, inclusive na sonoridade e ritmo bem lento, Forever Yours (Para Sempre Sua/Seu) se resume neste verso, que me lembra uma frase do Surfista Prateado: “O que quer que ande em meu coração andará sozinho”. A do Surfista é: “Onde quer que o Surfista Prateado vá, ele deverá ir sozinho”. Fala sobre um amor perdido que fez perder a razão de viver.
            A sétima canção começa e o ouvinte nem percebe, pois o ritmo é quase o mesmo da anterior, só que agora com bateria. Ocean Soul (Alma do Oceano) mostra mais uma vez a cultura ligada ao Oceano, o hábito de vislumbrá-lo: “Longas horas de solidão/ Entre mim e o mar. Olha a deprê: “Mais uma noite/Para suportar este pesadelo”.
            Outra canção com poesia romântica, no mesmo estilo da anterior e também boa, Feel For You (Sinto Por Você) também mescla a voz suave de Tarja com o vocal rasgado de Marco.
            Dispensando apresentações, Phantom of The Opera apenas apresenta uma versão pesada da conhecida música, que parece ter sido feita sob medida para o Nightwish, ou vice-versa. Os personagens de Christine e o Fantasma ficaram bem representados pelas vozes da banda.
            Finalizando o álbum, Beauty Of The Beast (A Beleza da Fera) tem mais de dez minutos e uma sonoridade de incrível qualidade, começando bem calma e a segunda metade desenvolvendo a parte épica, com bateria, teclados e coral de vocais líricos. A letra divide-se em 3 partes cujos nomes traduzidos são: Amor há muito perdido/ Uma noite a mais para viver/ Christabel, sendo que a última é uma voz narrativa masculina, se referindo a um livro cuja adaptação para filme eu assisti, mas não lembro o nome. Falava de um amor secreto entre um poeta famoso e a poetisa Christabel, que era lésbica. Não sei se o restante da letra tem a ver com literatura.  Os sempre tristes versos que se destacam e que parecem confirmar minha teoria a ser comentada futuramente são: “Toda esta beleza está me matando”, “O que deveria estar perdido está ali”, "Sei que minha maior dor ainda está por vir”, Todas as minhas canções/ Só podem ser compostas da maior das dores”.
            Este álbum serviu para consolidar ainda mais o sucesso do Nightwish como força do Heavy melódico na época. As canções inspiradas de Tuomas, embora refletissem tristeza, tinham também aquela beleza romântica que é inerente à palavra poesia como é mais conhecida. Uma colega de faculdade uma vez disse e concordo: pra ser poeta tem que sofrer, e pelo menos pra mim funcionava assim, tristeza trazia inspiração. Acho que para o tecladista e compositor do Nightwish, também.



12 de mar. de 2014

TOP GUN



            Febre dos anos 80, produzido em 1985 e dirigido por Tony Scott (irmão de Ridley Scott), Top Gun lançou também a banda Berlin com o hit Take My Breath Away, que na verdade não é da banda, apenas foi oferecida a eles para o lançamento do filme e eles gravaram (e a música ganhou o Oscar). O mesmo com Kenny Loggins , que gravou Danger Zone, muito boa. Outra música que marcou foi a instrumental Top Gun Anthem, de Harold Faltermeyer e o guitarrista Steve Stevens.



            Eu tinha o DVD duplo do filme, e realmente este é um filme que, hoje dá pra dizer, foi feito pras mulheres. Conta a história de Pete Mitchell (Tom Cruise), também chamado Maverick, um exímio piloto ousado e meio rebelde, que com o parceiro Goose (ganso em inglês – não é pato, mas tá perto, valeu o DVD) é enviado à Top Gun, escola dos melhores pilotos da força aérea americana em Miramar, Califórnia. Ele encontra um rival (Val Kilmer), conhecido como Iceman (homem de gelo) e ele flerta com uma garota num bar na noite anterior ao início do curso. No dia seguinte, descobre que ela é uma instrutora e eles acabam se envolvendo, pois ele tem informações sobre aviões Mig que combateu sobre o Pacífico e Charlie, como é chamada a moça, quer ter acesso a elas. Tem também uma historinha sobre o pai de Maverick, que morreu em combate e ficou difamado, embora tenha feito a coisa certa, por honra e por aí vai.
           Tem também uma ceninha com os atores suados e sem camisa, jogando vôlei, feita, claro, pro público feminino (ou gay). O resto do filme são cenas de aviões em treinamento e um ou dois combates. A dublagem é diferente da original, desagradável fato comum em lançamentos de filmes antigos em DVD. A cena do encontro no elevador e a cena de amor na casa da mulher foram gravadas meses depois
            Os extras são interessantes, tem clipes musicais das músicas acima mencionadas e inclusive da banda Loverboy – podres os caras, visualmente falando, treinamento dos atores com pilotos de verdade (dos que voaram nos F-14 apenas o parceiro do Tom Cruise não vomitou), e descobre-se o que é e o que não é verossímil no filme. O diretor deve o sucesso à trilha sonora e aos editores, já que a primeira versão ninguém entendeu nada, incluindo aí os executivos e os próprios colegas que trabalhavam no filme. O diretor só queria filmar aviões e atores bonitões mesmo. estava sendo cogitada uma continuação, mas o diretor, que encabeçava o projeto, suicidou-se.
                Filme bom para a Sessão da Tarde (como passou várias vezes e segue passando ainda em 2014), nada mais. Mas isso é a minha opinião. Comente a sua, e obrigado pela leitura.

6 de mar. de 2014

The Man

Ele tem mais de 70 anos. Mas não se engane: com essa idade ele ainda pode aniquilá-lo com um sopro - o que poderia gerar um tornado devastador.



       A certidão de nascimento atesta que Chuck Norris é natural de Ryan, Oklahoma, filho de uma irlandesa com um índio cherokee. Isso é fato. Campeão americano de karatê, lançou-se na carreira de ator nos anos 1970 - filmes de artes marciais eram uma febre naquela época, principalmente por causa de Bruce Lee. E isso também é fato.
       O mito nasceu há alguns anos, com paródias da série "Walker, Texas Ranger", feitas pelo comediante Conan O'Brien no canal NBC. Chuck Norris ganhou então seus "superpoderes", e a internet tratou de consagrá-los com os "Chuck Norris facts", uma coleção de atos fantásticos atribuídos a ele. Alguns podem ser verdadeiros. É recomendável, portanto, não duvidar deles. Ninguém quer ver Chuck Norris contrariado. Isso poderia ser extremamente perigoso. 




      'Chuck facts' :

      A Muralha da China, por exemplo, teria sido erguida para mantê-lo afastado de seu território. E falhou miseravelmente. Há quem jure que antes de esquecer um presente de Chuck Norris, Papai Noel existia. Cientistas teriam como provar que os dinossauros olharam torto para Chuck Norris uma vez. Uma vez.

     Como se sabe, os superpoderes de Chuck Norris podem ser vistos em todos os lugares. Ele já venceu o Campeonato Mundial de Poker com um dois de paus e uma carta "Saída Livre da Prisão" do Banco Imobiliário. Chuck Norris também é um grande amante. O sorriso de Monalisa? Chuck Norris.


     Ao jogar uma granada, certa vez ele matou 80 pessoas. Quando explodiu a granada, já não restava ninguém!

      No cinema, o filme "Alien vs. Predador" era, inicialmente, "Alien e Predador contra Chuck Norris." Mas a ação durou apenas 14 segundos, e os roteiristas acharam melhor colocar o Alien para enfrentar o Predador. Ah, e Freddy Krugger tem pesadelos horríveis com Chuck Norris.
     O mito também teria sido convidado a participar do Big Brother. Recusou com o argumento de que eliminaria todos os outros participantes ainda no hotel. Por falar em prêmio, Chuck Norris e Superman apostaram uma queda de braço. O combinado foi que quem perdesse usaria a cueca por cima da calça o resto da vida. E isso porque a diferença entre Superman e Chuck Norris é óbvia: um é forte, veloz, pode cair de alturas inimagináveis, fazer a Terra girar ao contrário e é indiscutivelmente um super-herói. O outro é apenas um kryptoniano afetado.

     E nem adianta procurar Chuck Norris no Twitter. Ele não tem seguidores. Ninguém é louco o suficiente para seguir Chuck Norris.

    Fonte:
http://br.noticias.yahoo.com/s/10032010/48/entretenimento-chuck-norris-70-anos-ainda.html