“(...) nenhum experimento até hoje provou que o tempo seja contínuo. E
a ciência, especialmente desde o advento da teoria quântica, vem reconsiderando
uma noção vigente nas velhas civilizações da índia e da Grécia: a noção de que
o tempo é fragmentado em partículas indivisíveis.
Cerca de 40 anos atrás, o físico Werner Heisenberg propôs a eliminação
das coordenadas contínuas do espaço-tempo. Em vez de considerar o espaço-tempo
como uma linha contínua, ele advogava adoção de uma imaginária treliça de
pontos, arranjados numa formação cúbica que encheria todo o espaço, e separados
por uma distância fundamental de 10 elevado a menos 15 metro, ou um fermi –
aproximadamente do tamanho de um próton.
De acordo com a teoria da relatividade, o menor
intervalo de tempo, ou crônon, é de cerca de 10 elevado a menos 23 segundo – o
tempo necessário para que o sinal mais rápido, a luz, cubra a menor distância, um
fermi.
Os menores intervalos de tempo já medidos em
laboratório são os tempos de vida de partículas que interagem com grande força
nuclear.
O Delta 1232, por exemplo, criado quando um próton
e um pi-méson colidem, existe por apenas 0,66 x 10 elevado a menos 23 segundo
antes de explodir.
Será uma mera coincidência o fato de que o tempo
de vida de tais partículas é quase sempre próximo dos múltiplos do crônon?
A pequenez dessa unidade explicaria por que
percebemos o tempo como contínuo, mas, concomitantemente, exigiria uma
revolução no pensamento científico.
Se o tempo é descontínuo, não podemos assumir que
existimos nele.
Talvez, então, estejamos sempre sendo criados e
destruídos de microssegundo a microssegundo.
Tampouco podemos ter certeza quanto a qualquer
predição sobre o futuro porque durante o interlúdio entre os crônons – quando o
movimento se congela e o tempo pára de existir – a conexão íntima entre causa e
efeito é rompida. Assim, as leis da natureza talvez possam ser substituídas e
superadas pelas leis do acaso.”
(Texto de Vaughn Zidell, publicado na revista Ciência Ilustrada nº 5,
Editora Abril, 1983)
Li esse texto num livro de química do 2º Grau (com a figura de um cubo de gelo
pegando fogo na capa) em 1997 e fiquei cabreiro. Como esses caras conseguem
calcular o tempo de vida dessas partículas?
E SE O TEMPO TRANCA?
Cuidado!
Pois se algo comprometer o ciclo, se houver um elo fraco, se algo muito pequeno
causar uma interferência durante as pausas dos crônons, Adios Tia Chica!
causar uma interferência durante as pausas dos crônons, Adios Tia Chica!
[Para maiores informações sobre
essas teorias, assista ao DVD “A Incrível História Do Pato Que Não Era Pato”.]
- Que bobagem!
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